Rush: Meu Porto Seguro

A splendid mirage in this desolation…

Muitos de meus amigos, e até mesmo familiares, não entendem o motivo pelo qual sou completamente vidrado pela banda canadense Rush. E não será em um post em um blog que conseguirei expor o que duas décadas de vivências e experiências com Alex “Lerxst” Lifeson, Geddy “Dirk” Lee e Neil “The Professor” Peart proporcionaram. Mas, devido ao lançamento iminente de mais um CD, chamado Clockwork Angels (que já ouvi!), de uma das bandas de maior sucesso (e, ouso afirmar, com a maior base de fãs) no mundo, nada melhor do que comemorar com um pequeno texto.

Hoje em dia, vivemos em um mundo em que a velocidade das coisas em geral é muito alta. Os bebês usam iPads, meninas de 10 anos saem para namorar, “sucessos” (?!?) musicais surgem e desaparecem mais rápido do que um piscar de olhos, e a fama é algo muito volátil. Ao mesmo tempo, conceitos como a família, amizade, honra, dedicação são muitas vezes deixados de lado em benefício (ou malefício) do lucro, às vezes inescrupuloso. Corrupção, tramas políticas, crises econômicas, crises ambientais, tudo isso tem se tornado uma constante em nossa sociedade atualmente.

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O Medo Dentro de Nós

Hoje, estava escutando a música The Enemy Within, do Rush (que novidade!), e me lembrei que ela faz parte de uma Trilogia de quatro músicas (!?): Witch Hunt, do disco Moving PicturesThe Weapon, do álbum Signals; a própria The Enemy Within, do disco Grace Under Pressure; e, finalmente, Freeze, do disco Vapor Trails (preciso que vocês me cobrem mais para que eu escreva sobre esta música!).

Lembro-me de ter lido em algum lugar que Neil Peart, baterista e letrista do Rush, comentou sobre esta trilogia: que alguém certa vez disse a ele que o que move a Humanidade não é poder, não é dinheiro, não é a busca da felicidade, mas sim, o medo. E, ao analisar as pessoas à volta dele, ele começou a perceber que havia um fundo de razão nesta afirmação. Assim, ele decidiu escrever três músicas: como o medo trabalha dentro de nós (The Enemy Within), como o medo pode e é usado contra nós mesmo (The Weapon) e como o medo atua quando presente emuma multidão (Witch Hunt). Mais ou menos 20 anos depois, ele escreveu a quarta parte, Freeze, que fala sobre o momento de decisão, o momento em que decidimos fugir ou lutar.

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Beneficência

Hoje de manhã, estava me dirigindo ao trabalho, e no som do carro estava tocando uma música – adivinhem – do Rush: Territories, do álbum Power Windows. Talvez por fazer um tempo já que não escutava esta música, procurei prestar mais atenção à letra. E, de repente, um tapa na cara:

Don’t feed the people,
But we feed the machines

Isto foi escrito em 1985, em um país de primeiro mundo – Canadá -, porém, é uma situação mais atual do que nunca. Vamos dividir a frase acima em duas partes, para analisar melhor este conteúdo.

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O Poder da Música

Pense na música que você mais gosta. Pense agora. Não se preocupe com qual música seja, apenas pense, já que estou pensando na minha neste momento. OK, como você se sentiu? Tenho a certeza que você deve ter se sentido bem, ao lembrar do ritmo, do volume, das frequências, do conjunto que, de alguma forma, está ligado a você.

Este é o poder da música.

Para não ser bairrista, não vou considerar as músicas com letras, apenas as instrumentais. Aliás, esta é uma das características para se saber se um grupo musical é bom: se o grupo é capaz de fazer músicas instrumentais, sem letras, e ainda assim, a música te toca de alguma forma, é por que o grupo é bom. É por isso que não considero os grupos brasileiros como sendo grupos musicais: tente imaginar um pagode, sertanejo, axé ou até mesmo MPB, sem uma letra, sem alguém cantando. Conseguiu?

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Por que Estou Aqui?

Na música Roll The Bones, do Rush, uma pergunta ecoa ao longo de todo o refrão: Why are we here? Por que estamos aqui? Acredito que esta é uma pergunta que muitos de nós fazemos ao longo de nossas vidas, até mesmo de forma constante. Porém, à medida em que evoluímos em um caminho, é uma tendência natural que esta pergunta nos seja apresentada de forma mais constante, ou até mesmo de forma mais pungente.

Ao longo destas duas últimas semanas, fui, juntamente com alguns outros amigos, confrontado com esta pergunta, de uma forma como jamais fui confrontado anteriormente. Um grande amigo e mestre nos perguntou o real motivo de estarmos aqui e o real motivo de querermos as coisas que queremos. E, pela primeira vez, notei que eu não estava me escondendo em respostas vagas ou desculpas esfarrapadas. Eu simplesmente não sabia o “por que”.

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Violência Urbana

Muitos amigos meus (não todos, claro) me criticam às vezes por eu ser tão seletivo em relação às músicas que escuto, ou até mesmo ao fato de eu simplesmente não ouvir rádio. Já foram tantas e tantas vezes que ouvi críticas sobre isso que, ultimamente, fico simplesmente quieto. Gosto é gosto, e não se discute.

Mas hoje de manhã, durante a minha rotineira falta de rotina (a qual envolve, por exemplo, nunca colocar o despertador para tocar no mesmo horário por dois dias seguidos, entre outras coisinhas mais), coloquei o celular para tocar uma música, aleatória. A música que tocou foi A Farewell To Kings, do Rush (grande novidade essa, eu estar escutando Rush).

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Pensamento do Dia – 10/01/2011

Bom dia, queridos gafanhotos e queridas gafanhotas.

Após merecidas férias durante a qual vocês puderam descansar vossos corpos, mentes e o ouvido do seu colega de trabalho, venho, aliviado e relaxado, trazer até vossas almas sedentas de conhecimento, aquele que alimenta, hoje e sempre, o meu, o seu, o nosso querido diário: “Pensamento do Dia”

Existem duas palavras ofensivas para um homem: NÃO e PÁRA. Exceto quando usadas em conjunto.

Que estas sóbrias palavras de retidão e apreço possam mostrar a cada um de vocês o caminho a ser tomado.

Um grande abraço a todos, um bom dia e bom trabalho.

Pensamento do Dia – 23/12/2010

Bom dia, queridas gafanhotas e queridos gafanhotos.

Após um breve intervalo na Sessão da Tarde, em que mais um filme inédito está passando, sobre as aventuras desta galera muito louca, venho, animado e alegre trazer a cada um de vocês o nostálgico, o lembrado e esquecido disco de vinil (também conhecido como LP*), o musical: “Pensamento do Dia”

A vida é maravilhosa. Sem ela, estaríamos todos mortos.

Que estas palavras, tão sábias quando um dicionário e tão antigas quanto uma Playboy da Luciana Vendramini possam trazer aquele gás extra neste fim de ano de muitos acontecimentos.

Um grande abraço a todos, um bom dia e bom trabalho.

*Dose semanal de cultura: LP, acrônimo de Long Play, é o antigo CD. Se você não sabe o que é LP, também não sabe quem é Luciana Vendramini.

Pensamento do Dia – 22/12/2010

Bom dia, queridos gafanhotos e queridas gafanhotas.

Com o raiar do Sol, após mais um solstício*, venho, como de costume, trazer aquele apimentado nugget que aquece nossa boca, o gengibre da Sabedoria, a pimenta malagueta do Conhecimento, o meu, o seu, o nosso hemorroidal diário: “Pensamento do Dia”

Comigo é assim: se é para brigar, eu brigo; se é para bater, eu bato; se é para apanhar, aí eu corro!

Que estas palavras, dito por um sábio japonês ao se ver cercado por inimigos na famosa batalha de Sekigahara, possam trazer o conhecimento necessário para se compreender, de uma vez por todas, quem é que manda no seu trabalho!

Um grande abraço a todos, um bom dia e bom trabalho.

* Dose semanal de cultura: O solstício (de inverno no hemisfério norte, e de verão no hemisfério sul) no ano de 2010, ocorreu no dia 21/12, e teve, também, o acompanhamento de mais dois fatos astronômicos: um eclipse lunar completo, em uma noite de lua cheia. A única vez em que o solstício coincidiu com um eclipse lunar completo com lua cheia nos últimos 2000 anos foi em 21/12/1638. O eclipse lunar é aquele em que a Terra fica entre o Sol e a Lua (ou, nas palavras do sábio canadense: “There is a lake between sun & moon”). (Fonte: NASA)

Pensamento do Dia – 21/12/2010

Bom dia, queridos gafanhotos e queridas gafanhotas.

Após um belo passeio matutino pela Spadina Ave., venho, cheio de energia e revitalizado pelos ares canadenses, trazer a vocês a iluminação diária, na forma de minha singela homenagem filosófica, o meu guerreiro dos dias atuais, o diário: “Pensamento do Dia”

Atmospheric phases make the transitory last, vaporize the memories that freeze the fading past.

Que esta singela frase de sabedoria espiritual, trazida ao som do código morse -.– -.– –.., possa mover seus códigos binários neuronais, seus bits 1-0-0-1-0-0-1, hoje e sempre!

Um grande abraço a todos, um bom dia e Roll The Bones!