Um fenômeno que deveria chamar a atenção é o fato das pessoas aceitarem as convenções relativas à compra de ouro, prata e similares. Veja como as pessoas se esforçam em adquirir metais preciosos que lhes dão segurança financeira. Isto se deve à bondade infinita do Criador. Pois estes metais em si de pouco servem, por exemplo, para o homem perdido num lugar deserto e com sede. O ouro e prata não poderiam curar nenhuma de suas feridas. É igualmente notável que os medicamentos sejam feitos mais de elementos ordinários do que de metais preciosos.

Bachia ibn Paquda, em Os Deveres do Coração

D’us, em todo o Seu poder e glória, é o mais oculto entre tudo o que é oculto, o mais distante em tudo o que é distante. A razão pode revelar somente que Ele existe, nada mais. Se tentarmos penetrar Sua essência ou atribuir-Lhe qualquer forma ou semelhança, a própria existência Divina se desvanece, pois neste caso a razão atende a um anseio que não pode alcançar pela sua própria limitação em entender o ininteligível. É como querer sentir alguma coisa se o uso do sentido adequado.

Bachia ibn Paquda, em Os Deveres do Coração

De Volta Ao Futuro

De certa forma, no artigo anterior, tudo estava indo bem, calmamente, até o último parágrafo. Então, de repente, uma enxurrada de palavras novas: Cabalah, Árvore da Vida, “esfera”, a palavra hebraica Yesod (daí vem o nome deste blog). Ufa, muita coisa de uma só vez. Apesar desta avalanche de novos conceitos, o que realmente interessa (e vai interessar em todos os artigos deste blog) não é a conclusão, o último parágrafo, mas sim o que vem antes. É como a construção de uma casa: apesar de fazer o alicerce à base de ferro, concreto, terra, areia, pedra, uma olhada no que está por vir é imprescindível para que a construção seja erguida de forma justa e perfeita. Com este ponto esclarecido, vamos começar a falar sobre o principal tema deste blog: a Cabalah. Continue lendo “De Volta Ao Futuro”