Viver é uma arte. Pressupõe um equilíbrio instável que só é alcançado no momento. Infelizmente nosso passado e a pressão por construirmos um futuro nos retiram do lugar onde podemos produzir esta arte. Não há maior equilíbrio do que o daquele que vive o momento. Quem quer fazer, quem quer ter prazer, quem quer possuir ou mesmo quem quer dar não alcança o verdadeiro equilíbrio que é a integração de todos estes quereres. Faça-se presente e você terá o maior ressarcimento a seu alcance – viver.

Nilton Bonder, em Exercícios d’Alma

Como todo cabalista adverte, não se deve de forma alguma adorar as Sefirot ou orar para elas. Porém, pode-se usá-las como um canal. Assim, por exemplo, uma pessoa nunca pensa em enviar um pedido ao carteiro, mas sabe que pode contar com o carteiro para entregar a mensagem ao rei. Em um senso místico, as Sefirot formam uma escada ou árvore pela qual alguém pode “subir” e alcançar o Infinito.

Aryeh Kaplan, em Sefer Yetzirah

Uma letra hebraica é, para o cabalista, um pequeno universo, com todos os seus planos de correspondência, assim como o Universo é um alfabeto cabalístico com suas cadeias de relações vivas.

Papus, A Cabala

E abençoou D’us ao dia sétimo, e santificou-o, porque nele cessou toda sua obra, que criou D’us para fazer.

Bereshit, 2:3.

O Alef-Bet

Dando continuidade ao artigo anterior, nos qual citamos os meios através do qual D’us criou – as palavras, os números e a comunicação – vamos agora nos aprofundar em uma das ferramentas mais importantes e mais utilizadas pelos cabalistas: o alfabeto hebraico. Tão importante é o alfabeto hebraico que todos os seis capítulos do Sefer Yetzirah citam, explicitamente ou veladamente (no caso do primeiro capítulo), as letras hebraicas, e, dos 6 capítulos, 4 tratam especificamente do alfabeto hebraico!

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Um homem é equivalente à toda a Criação. Um homem é um mundo em miniatura.

Rabino Nathan, Palestina, século II

Na busca pela Sabedoria, o primeiro estágio é o silêncio, o segundo é a escuta, o terceiro é lembrar-se, o quarto é praticar, e o quinto é ensinar.

Rabino Solomon ibn Gabirol, Espanha, século XI

Um indivíduo deve manter a percepção de D’us e de Seu amor a cada instante. Não se pode separar sua consciência focada no Divino enquanto ele caminha em sua jornada, nem quando se deita, nem quando se levante.

Rabi Nachmanides, Espanha, século XIII

A Cabala é a ciência da Alma e de D’us em todas as suas correspondências. Ela ensina e prova que o Todo está na Unidade, e que a Unidade está no Todo, permitindo, graças à analogia, que se remonte da imagem ao princípio, ou que se volte do princípio à forma.

Papus, A Cabala.

É possível aprender até mesmo com um ladrão: Ele está sempre alerta, aproveita cada oportunidade, e não abre mão do ganho, por menor que seja. Um Cabalista deve seguir os mesmos princípios para seu desenvolvimento interior.

Anônimo, Polônia, século XVIII