Um Novo Mundo, ou Um Novo Homem?

Depois de quase quatro anos desde meu último texto aqui, que repercutiu pessoalmente entre as pessoas mais próximas de mim, mas principalmente dentro de mim mesmo, acho que finalmente chegou a hora de escrever um novo artigo, desta vez bem mais leve do que o anterior mas que de alguma forma acaba complementando uma visão que tenho de mim mesmo perante o mundo – e que mundo é este, não é?

Mudanças vêm o tempo todo, novas revelações são trazidas à tona para nossas consciências quando estamos prontos, e mesmo que uma pandemia faça com que todos percamos um pouco – ou muito – o aspecto da socialização e depois tenhamos que nos readaptar e ressocializar, ainda somos seres humanos. Evoluir de forma a deixar para trás o que nos puxa para baixo e olhar para o futuro com brilho nos olhos é, na minha opinião, algo que todos devemos almejar. É um equilíbrio constante entre o que fomos e o que gostaríamos de ser, mas não conseguimos – pelo menos por enquanto.

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Rush: Meu Porto Seguro

A splendid mirage in this desolation…

Muitos de meus amigos, e até mesmo familiares, não entendem o motivo pelo qual sou completamente vidrado pela banda canadense Rush. E não será em um post em um blog que conseguirei expor o que duas décadas de vivências e experiências com Alex “Lerxst” Lifeson, Geddy “Dirk” Lee e Neil “The Professor” Peart proporcionaram. Mas, devido ao lançamento iminente de mais um CD, chamado Clockwork Angels (que já ouvi!), de uma das bandas de maior sucesso (e, ouso afirmar, com a maior base de fãs) no mundo, nada melhor do que comemorar com um pequeno texto.

Hoje em dia, vivemos em um mundo em que a velocidade das coisas em geral é muito alta. Os bebês usam iPads, meninas de 10 anos saem para namorar, “sucessos” (?!?) musicais surgem e desaparecem mais rápido do que um piscar de olhos, e a fama é algo muito volátil. Ao mesmo tempo, conceitos como a família, amizade, honra, dedicação são muitas vezes deixados de lado em benefício (ou malefício) do lucro, às vezes inescrupuloso. Corrupção, tramas políticas, crises econômicas, crises ambientais, tudo isso tem se tornado uma constante em nossa sociedade atualmente.

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O Medo Dentro de Nós

Hoje, estava escutando a música The Enemy Within, do Rush (que novidade!), e me lembrei que ela faz parte de uma Trilogia de quatro músicas (!?): Witch Hunt, do disco Moving PicturesThe Weapon, do álbum Signals; a própria The Enemy Within, do disco Grace Under Pressure; e, finalmente, Freeze, do disco Vapor Trails (preciso que vocês me cobrem mais para que eu escreva sobre esta música!).

Lembro-me de ter lido em algum lugar que Neil Peart, baterista e letrista do Rush, comentou sobre esta trilogia: que alguém certa vez disse a ele que o que move a Humanidade não é poder, não é dinheiro, não é a busca da felicidade, mas sim, o medo. E, ao analisar as pessoas à volta dele, ele começou a perceber que havia um fundo de razão nesta afirmação. Assim, ele decidiu escrever três músicas: como o medo trabalha dentro de nós (The Enemy Within), como o medo pode e é usado contra nós mesmo (The Weapon) e como o medo atua quando presente emuma multidão (Witch Hunt). Mais ou menos 20 anos depois, ele escreveu a quarta parte, Freeze, que fala sobre o momento de decisão, o momento em que decidimos fugir ou lutar.

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