Ser cabalista significa ser capaz de, conscientemente e por vontade própria, elevar o próprio nível de Yesod até Tiferet. É possível apoiar-se na Coluna da Forma, à esquerda, ou na Coluna da Força, à direita. Contudo, se não houver vida no pilar central, a Graça não poderá descer, e sem a Graça é melhor deixar a Cabala em paz. A pessoa pode ser poderosa, mas não necessariamente será boa ou útil.
Z’ev ben Shimon Halevi, em O Caminho da Cabala
Porque, se Keter não chega a Malchut em um indivíduo, ele jamais será cabalista.
Z’ev ben Shimon Halevi, em O Caminho da Cabala
Na experiência humana, Yesod é o Ego, sobre o qual, através da educação e influências exteriores e interiores, baseamos nossa visão de mundo. É um ponto tão crítico (…) que é na verdade a fundação de nosso Universo.
Z’ev ben Shimon Halevi, em Adam and the Kabbalistic Tree
Muitos de nós vivem metade em Assyiah, metade em Yetzirah. Isto é porque somos conscientes apenas em nosso ego, que está situado na face inferior da psique e na face superior do corpo. Nós flutuamos entre dois mundos, o interior e o exterior, e vamos para a frente ou para trás dependendo de qual chama a nossa atenção.
Z’ev ben Shimon Halevi, em Adam and the Kabbalistic Tree
No plano Divino, a humanidade tem um papel crucial a executar. De acordo com a tradição, cada indivíduo é enviado para ser bem sucedido em uma tarefa que está relacionada a um aspecto do esquema Divino como um todo.
Z’ev ben Shimon Halevi, em Kabbalah – Tradition of Hidden Knowledge
Ao longo das eras e em diversos países surgiram variadas abordagens à Cabala. Em determinado lugar ela era praticada em termos puramente bíblicos, em outro foi estudada pela cosmologia, e num terceiro tendo como base a ciência dos números. Sua forma expressou-se em rituais, oração e contemplação, na evocação de anjos e no estudo do alfabeto hebraico, na pesquisa sobre a natureza da alma e o destino do homem. Todas essas abordagens são válidas, desde que levem à relação correta entre Homem, Mundo e Deus. Qualquer coisa menos que isso não passará de mera erudição ou magia.
Z’ev ben Shimon Halevi, em O Caminho da Cabala
Tudo no universo faz parte do todo, como um tecido sem costura que D’us teceu na Divindade. Porém, a Kabbalah reconhece, devido a existência de quatro mundos, cada um com seus complexos níveis e funcionamentos, que podem existir realidades aparentemente diferentes. (…) Apenas o Homem tem a capacidade de perceber tanto o mundo superior quanto o inferior. Adquirir esta faculdade, externa e internamente, é um dos objetivos da Kabbalah.
Z’ev ben Shimon Halevi, em Kabbalah – Tradition of Hidden Knowledge
Todos estamos buscando. Alguns procuram segurança, outros prazer ou poder. Outros, ainda, perseguem sonhos ou nem sabem o quê. Existem, porém, aqueles que sabem o que buscam mas não o conseguem encontrar no mundo natural.
Z’ev ben Shimon Halevi, em O Caminho da Cabalah
Para esses buscadores, muitas pistas foram deixadas por aqueles que passaram antes. Os rastros estão em todas as partes, sendo que somente aqueles com olhos para ver e ouvidos para ouvir os percebem. Tão somente quando se age seriamente sobre o significado desses sinais, a Providência abre a porta desde o Natural ao Sobrenatural para revelar uma escada do transitório ao Eterno. Aquele que se atreve a ascender entra no Caminho da Kabbalah.
Há um universo absoluto e um universo relativo. Entre eles paira o véu da existência negativa. O absoluto está além até da eternidade. Ele é sem tempo, sem forma, sem substância – além da existência. É nada e é tudo. Não conhece mudança e no entanto não é imutável – ele apenas é.
Z’ev ben Shimon Halevi – A Árvore da Vida
De Volta Ao Futuro
De certa forma, no artigo anterior, tudo estava indo bem, calmamente, até o último parágrafo. Então, de repente, uma enxurrada de palavras novas: Cabalah, Árvore da Vida, “esfera”, a palavra hebraica Yesod (daí vem o nome deste blog). Ufa, muita coisa de uma só vez. Apesar desta avalanche de novos conceitos, o que realmente interessa (e vai interessar em todos os artigos deste blog) não é a conclusão, o último parágrafo, mas sim o que vem antes. É como a construção de uma casa: apesar de fazer o alicerce à base de ferro, concreto, terra, areia, pedra, uma olhada no que está por vir é imprescindível para que a construção seja erguida de forma justa e perfeita. Com este ponto esclarecido, vamos começar a falar sobre o principal tema deste blog: a Cabalah. Continue lendo “De Volta Ao Futuro”