Pausa… Mas Só Para Tomar Fôlego

Chegamos, com este artigo, ao sétimo texto do Não F*de Yesod. O número 7 é um número muito expressivo não apenas no judaísmo ou na Cabalah, mas, basicamente, em quase todos os aspectos da vida humana, começando por algo universal: a semana tem sete dias, independentemente da religião, crença, local onde se vive ou qualquer outro aspecto. De acordo com a Torah, o mundo foi criado em seis dias, e no sétimo D’us cessou toda a sua obra, o que levou à reflexão do sétimo dia, o conhecido Shabbat. Durante o Shabbat, qualquer esforço físico, mental ou criativo deve ser deixado de lado, para que se instale um profundo senso de respeito pela obra de D’us, nos colocando não na posição de “criadores”, mas sim na de servos dedicados para com a obra divina.

Por isso, o artigo de hoje será uma reflexão sobre o que foi discutido até o momento.

No primeiro artigo, Não F*de, Yesod, foi introduzido, de forma bem sutil, o que é a Cabalah: uma das faces de um prisma, que nos permite observar, de forma sistemática, um ponto luminoso que nos cegaria caso o víssemos diretamente. Além disto, introduziu o conceito do Ego, uma espécie de óculos escuro que distorce a nossa visão, nos impedindo de enxergar aquela face específica do prisma. Mais para a frente será visto que o Ego faz parte da Fundação (Yesod, em hebraico) do Homem, e por isso o nome deste blog é Não F*de, Yesod!

Partimos, então, para o segundo artigo, De Volta Ao Futuro, onde foi explicado, de forma breve, o que é a Cabalah, bem como um resumo de sua história e influências, seja em livros como o Sefer YetzirahBahir ou o Zohar, seja na figura de pessoas que influenciaram a história da Cabalah de forma marcante.

Continuando nossa jornada, em Revendo o Começo… Mais Uma Vez…, foi vista a diferença entre Ma’aseh Merkavah (o Trabalho da Carruagem) e Ma’aseh Bereshit (O Trabalho da Criação). Nos aventuramos, então, no princípio de tudo, presenciando a Criação em todo o seu esplendor… mesmo não tendo capacidade para observá-la!

Chegamos então n’O Poder da Palavra. Aqui, o primeiro trecho do Sefer Yetzirah foi  analisado, de forma resumida, mas já bastante profunda, e diversos aspectos necessários ao restante da jornada foram estabelecidos: a diferença entre criar, formar e fazer, a importância das palavras, números e comunicação, e, principalmente, o exercício – a princípio mental – de se analisar um texto, por menor que seja, de forma completa, em todos os aspectos citados acima. Só assim pode-se chegar ao abracadabra.

O quinto artigo – O Alef-Bet – foi onde conhecemos as letras do alfabeto hebraico, a base não apenas das palavras, mas dos números e da comunicação. Considerando-se isto, demonstramos que as palavras formadas por estas letras tomam vida, às vezes revelando mistérios e segredos ocultados bem na nossa frente.

Finalmente, chegamos ao sexto artigo, Ouve… e Testemunhe! Neste artigo, procuramos utilizar todas as ferramentas adquiridas até o momento para analisar uma pequena, mas extremamente significativa, passagem da Torah: o Shemá. A forma – ou sentimento – adquirido durante a leitura do Shemá deve ser uma constante, não apenas durante os estudos cabalistas, mas – principalmente – durante cada instante de nossas vidas.

Com isto, chegamos à nossa primeira parada, para rever o caminho trilhado, que com certeza foi bastante penoso, ao mesmo tempo em que foi muito recompensador.

Espero que estejam gostando da viagem, e a qualquer momento vocês podem interromper esta viagem para tirar dúvidas, enviar sugestões ou propor mudanças no ritmo. Como já foi citado, o objetivo não é o destino, mas sim, a jornada.

שלום!

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