Por que Estou Aqui?

Na música Roll The Bones, do Rush, uma pergunta ecoa ao longo de todo o refrão: Why are we here? Por que estamos aqui? Acredito que esta é uma pergunta que muitos de nós fazemos ao longo de nossas vidas, até mesmo de forma constante. Porém, à medida em que evoluímos em um caminho, é uma tendência natural que esta pergunta nos seja apresentada de forma mais constante, ou até mesmo de forma mais pungente.

Ao longo destas duas últimas semanas, fui, juntamente com alguns outros amigos, confrontado com esta pergunta, de uma forma como jamais fui confrontado anteriormente. Um grande amigo e mestre nos perguntou o real motivo de estarmos aqui e o real motivo de querermos as coisas que queremos. E, pela primeira vez, notei que eu não estava me escondendo em respostas vagas ou desculpas esfarrapadas. Eu simplesmente não sabia o “por que”.

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Violência Urbana

Muitos amigos meus (não todos, claro) me criticam às vezes por eu ser tão seletivo em relação às músicas que escuto, ou até mesmo ao fato de eu simplesmente não ouvir rádio. Já foram tantas e tantas vezes que ouvi críticas sobre isso que, ultimamente, fico simplesmente quieto. Gosto é gosto, e não se discute.

Mas hoje de manhã, durante a minha rotineira falta de rotina (a qual envolve, por exemplo, nunca colocar o despertador para tocar no mesmo horário por dois dias seguidos, entre outras coisinhas mais), coloquei o celular para tocar uma música, aleatória. A música que tocou foi A Farewell To Kings, do Rush (grande novidade essa, eu estar escutando Rush).

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Everyday People

Já há algum tempo, venho pensando em escrever um post sobre Rush. As pessoas que me conhecem sabem que, para mim, o trio canadense formado por Alex Lifeson, Geddy Lee e Neil Peart são mais que uma fonte musical: são inspiração de vida. Eu até costumo dizer (alguma pessoas pensam que é brincadeira) que Rush é minha religião, já que religião (do latim religare) é algo que une a criatura ao Criador.

Desde que fui apresentado à música, Rush tem sido a única constante em minha vida: entrei para a faculdade, saí da faculdade, namorei, casei, tive uma filha, comecei um mestrado, interrompi o mestrado, comecei a trabalhar, mudei de área, tive um filho, mudei de cidade, viajei para fora, voltei, me separei… em todo este tempo, em cada momento da minha vida, as músicas do Rush estiveram presentes, marcando cada passo e compasso de minha vida, moldando quem sou e quem não sou. Enfrentei junto com os três integrantes o grande hiato de 5 anos causado pelas tragédias pessoais do Neil, e chorei a cada momento de alegria ou tristeza.

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